autoria, edição e produção de Augusto Moura Brito

02
Set 20

01As calamidade do século XX em Loriga e a COVID-

02As calamidade do século XX em Loriga e a COVID-

03As calamidade do século XX em Loriga e a COVID-

04As calamidade do século XX em Loriga e a COVID-

05As calamidade do século XX em Loriga e a COVID-

 

publicado por sacavem-actual às 12:15

13
Abr 20

CapelaSantoAntónioLoriga.jpg

A capela de Sto. António era maior em dimensões do que a capela de Nossa Senhora do Carmo - pequeníssima e com um oratório que não comportava um cento de pessoas - e tinha na frente um alpendre que comportava tanta gente como a própria capela.                                                       

Descrição do Pe. António Lages

 

Ainda não conseguimos precisar a data exata da construção primitiva da capela de Sto. António – havemos de lá chegar - mas o que podemos dizer e baseado em pesquisas realizadas em escritos nas atas da Irmandade das Almas de Loriga, no jornal “Echos de Loriga” de Belém do Pará, na ata da Junta da Paróquia de Loriga, cujo Presidente era o Monsenhor António Mendes Gouveia Cabral e nos textos do Pe. António Lages, a capela de Sto. António, tem uma bela, mas conturbada história para contar.

Nas atas da Irmandade de 15/04/1883 a 15/05/1884 está escrito no exórdio, cito: “… do dito anno na capella de santo António, servindo de Egreja Parochial d´esta freguesia de Loriga se procedeu…”

No jornal “Echos de Loriga” publicado em 28 outubro de 1906 em Belém do Pará, na página 3, cito:

“…Ahi tendes aos vossos olhares a capela de santo António, que se não fora o orgulho de alguém, já podia estar reconstruída, graças aos esforços dos mordomos de 1905 e a boa vontade do povo em geral que acolheu a ideia de abraços abertos. E o que aconteceu quando eles já estavão da pose de uma boa quantia de dinheiro. Foi a ideia ficar em pantanas, e devolverem o dinheiro a quem o tinha dado bem contra gosto de alguns senhores, porque os mordomos viam que em vez de estarem trabalhando para o fim almejado, dava-o o contrário. Actualmente não há quem queira servir as diferentes confrarias, porque, em vez dos mordomos para zelar pelos interesses para que são nomeados, servem sim, mas é de criados da Junta. Bem fizeram os mordomos da N.S. da Guia, no corrente anno, que entregarão a mordomia à senhora Junta”.

Na ata da Junta da Paróquia de 20/01/1909[1] o seu Presidente, o Monsenhor propôs e José Fernandes Carreira[2] escreveu, cito:

“… que como a junta sabe existem nesta freguesia duas capellas, uma sob a invocação de Nossa Senhora do Carmo e outra de Santo António achando-se esta situada no cemitério antigo. Que as referidas capellas ameaçam ruína e necessitam de ser reconstruídas ou pelo menos de grandes reparações para continuarem a poder ser frequentadas pelos fiéis. Que presentemente não há meios para de promto se fazerem essas obras. Que nestas circonstancias lhe parecia ser de conveniencia e até de necessidade remover as imagens existentes nas referidas capellas para a egreja parochial com a decencia devida até que as referidas capellas sejam reedificadas ou compostas depois do que no seu intender as imagens devem novamente ser colocadas nellas e convidou a junta a deliberar o que lhe parecesse conveniente sobre estes assumptos. A Junta tomando na devida consideração e exposto e apreciando devidamente a proposta de senhor Presidente resolveu approvar a proposta do senhor Presidente deliberando por unanimidade que as imagens de Nossa Senhora do Carmo e de Santo António fossem removidas para a egreja parochial com a decencia devida e alli se conservassem até que as respectivas capellas[3]fossem reconstruídas ou reparadas devidamente”;

O Pe. António Lages escreve no arrolamento realizado em 15/01/1912[4], transcrito nos seus textos de 1951, cito:

 “…como tendo somente as paredes construídas e que a primitiva tinha sido substituída porque ameaçava ruir e não foi reedificada segundo o estilo primitivo”;

E por último, ainda do Pe. António Lages, já na qualidade de pároco da freguesia de Loriga - iniciou em julho de 1910 – escreveu, que a capela só foi restituída ao culto no ano de 1923, mas logo interdita pelo Prelado em 06/06/1925, interdição que durou até princípios de maio de 1927.

Esta narrativa é o resultado de uma investigação cuidada e intensa, realizada ao longo de anos. Acaso ocorram novas descobertas cá estaremos novamente para atualizar o seu conhecimento.   

Perante estes dados e circunstancialismos, podemos concluir o seguinte:

  1. Que a estrutura, que a capela apresentava quando da autorização do Bispo da Guarda - ofício de 19/06/1974 - era aquela que estava a ser reconstruída e descrita no arrolamento de 1912, e não a primitiva;
  2. Que à estrutura primitiva, entre os anos de 1884 e 1912, tenha ocorrido algum constrangimento destrutivo e, por isso, é descrita no arrolamento de 1912, como estando a ser reedificada, mas não seguindo o estilo primitivo;
  3. Que em 1905 a mordomia e o povo tentaram, mas em vão, a sua reconstrução;
  4. Que as obras na capela de Sto. António se iniciaram depois do ano de 1909, após terem sido levadas as imagens para a igreja matriz;
  5. Que na reconstrução levada a efeito entre os anos de 1909 e 1923, foram utilizados os materiais de forma clássica, sobretudo os acrotérios[5] e o pequeno frontão triangular que encima o lintel da porta principal;
  6. Que a construção primitiva possa ter ocorrido na 2.ª metade do século XVI ou na 2.ª metade do século XVIII, devido aos elementos arquitetónicos que chegaram até nós e, se apresentam hoje, “pouco cuidados”.

 

Não vamos desistir, resta-nos continuar a trabalhar até conseguirmos a data e o estilo da sua primitiva construção, mas chegou-me aos ouvidos[6], que ela era semelhante à capela de S. João[7] em Valezim. Uma curiosidade: a capela de Sto. António também tinha um alpendre, onde alguns agricultores moradores na Carvalha joeiravam e secavam o milho ou centeio quando o tempo estava de menor feição.

Para compreendermos melhor o que aconteceu à capela de Sto. António, o melhor será ater-nos na data da demolição definitiva no ano de 1974. Vamos verificar o que as atas da JFL nos dizem, mas antes disso, começo por afirmar de que a questão da capela de Sto. António, é um assunto que assume contornos envoltos de alguma perplexidade e hoje ainda carecem de explicação.

Porém, todos sabemos que a necessidade de requalificar o espaço onde estava implantada, era passível de maior ponderação e bom senso, pois sempre seria salva a palavra dada ao senhor Bispo!

A negridão que se seguiu posteriormente, atormentou muita gente boa! Hoje, o que resta é um “nicho” que o Bispo da Guarda não desejava e o nome de Largo Sto. António, onde esteve implantada a capela primitiva, os únicos a persistirem continuadamente.

Augusto Moura Brito

13-04-2020

[1] O Presidente da Paróquia era o Monsenhor António Mendes Gouveia Cabral.

[2] Meu tio bisavô, pai de António Fernandes Carreira e, claro, irmão do meu bisavô, Manuel Fernandes Carreira.

[3] O terramoto que assolou Loriga no ano de 1881 causou estragos na igreja matriz, mas só viria a desabar em 31/10/1882. É muito provável que tenha deixado marcas destrutivas nas capelas de Nossa Senhora do Carmo e Sto. António porque no ano de 1909 ameaçavam ruir.

[4] Foi feito em 15/01/1912 pelo Pe. António Mendes Cabral Lages sob exigência do Presidente da CMS, o bacharel António Borges Pires, o aspirante de finanças Amandio Rodrigues Frade e o cidadão António Cabral vogal da Junta da Paróquia de Loriga e indicado para a Comissão.

[5] Quer os acrotérios, quer o frontão triangular, são elementos escultóricos tipicamente clássicos. Será que os acrotérios e o frontão triangular, por serem elementos/formas tipicamente clássicas e nela existentes, apontam o início da construção primitiva? O classicismo do século XVI (sobretudo na 2.ª metade) e o neoclassicismo, da 2.ª metade do século XVIII, podem ser a sua matriz construtiva original.

[6] Por ser uma fonte oral, continuamos a ter dúvidas! Vamos continuar… é um imperativo.

[7]A Capela de São João, tem uma planta retangular, com um alpendre sustentado por quatro colunas cilíndricas, que assentam numa base quadrangular e terminam em capitel. No seu interior é visível um único altar com um pequeno retábulo pintado a dourado.

 

 

publicado por sacavem-actual às 09:46

15
Fev 20

Quem sabe e NUNCA esquece LORIGA... dá com paixão o seu contributo!

Uma memória que todos os loriguenses deviam sentir... querer e fruir continuadamente.
A vida e o trabalho em Loriga conjugam-se como de um SER único e indivisível se tratasse...
Obrigado pelo contributo António Luís de Brito.

Apresentação1.jpg

 

publicado por sacavem-actual às 12:04

01
Dez 19

Desde a baixa idade média que a economia de Loriga assentava numa agricultura rudimentar, na pastorícia e na cultura da castanha para, nos primeiros anos de 1500, passar a ser um importante centro de tratamento e comercialização de panos e lã. A cultura do milho grosso em socalcos e a indústria têxtil chegam mais tarde, durante os séculos XVIII e meados do século XIX, respetivamente.
Sabemos que, entre os anos de 1516 e 1800, Loriga tinha um papel importante na economia e na política local… Os cargos de escrivão das sisas dos panos, de tabelião do público e judicial e de escrivão dos órfãos, em concomitância com o viverem da sua fazenda e trato de lã, conferiram aos que os exerceram,  um papel de serem os melhores e mais honrados da vila

Assim entre os anos de 1516 e 1800, os cargos de escrivão das sisas dos panos[1]  e de tabelião do público e judicial, em concomitância com o viverem da sua fazenda e trato de lã, conferiram aos que os exerceram um papel de serem os melhores e mais honrados da vila!

Temos deste modo alguns destes escrivães:

  • Pedro de Gouveia nomeado por carta de 25/11/1516 no cargo de escrivão das sisas dos panosde Loriga, Alvoco da Serra e Vila Cova;
  • Sebastião de Figueiredo nomeado por carta de 19/06/1536. Foi também proprietário dos ofícios de tabelião do público e judicial e de escrivão dos órfãosde Loriga e Alvoco da Serra e, por carta de 04/12/1538, foi nomeado escrivão da câmara e almotaçaria das mesmas vilas;
  • Henrique de Figueiredo nomeado por carta de 27/05/1562, mas renunciando no ano de 1577;
  • Pedro Mendes que renunciou em 22/06/1609. Morreu em Loriga em 20/11/1633 onde era dos melhores e mais honrados da dita vila; 
  • Gaspar Fernandes o Velho, que sucedeu a Pedro Mendes por renuncia;
  • Pedro de Figueiredo filho de Gaspar Fernandes o Velho, batizado em Loriga em 05/06/1624 e casado em Loriga em 05/10/1653 com Maria Mendes, batizada em Loriga em 28/12/1635, filha de Francisco Mendes e de sua mulher Domingas Francisca;
  • Domingos de Figueiredo batizado em 03/02/1658 e casado duas vezes: a 1.ª com Catarina Magro de Vila Cova à Coelheira e a 2.ª com Sebastiana Nunes;
  • João de Figueiredo filho de António de Figueiredo e sua mulher Maria da Fonseca. João de Figueiredo casou em Loriga a 17/09/1697 com Maria Mendes aí batizada a 13/04/1677, filha de Manuel João aí batizado a 25/03/1638, sendo contratador de panos de lã e de sua mulher Maria Mendes, viúva de Francisco Antunes, casados em Loriga a 06/08/1673 e neta materna de Gaspar Fernandes o Novo e de Maria Lopes;
  • Paula da Fonseca batizada a 08/07/1700, casada em Loriga a 26/04/1731 com João de Brito aí batizado a 11/09/1710 e filho de Manuel João batizado a 18/05/1681 e de sua mulher Catarina de Brito batizada a 20/01/1678;
  • João de Brito batizado a 30/05/1736 e casado com sua prima Águeda Mendes Francisca batizada a 28/05/1739 e filha de Manuel Francisco Bordalo e de sua mulher Maria Mendes de Figueiredo.

 

[1] GONÇALVES, Eduardo Osório. Raízes da Beira - Genealogia e Património: Da serra da estrela ao vale do Mondego. Dislivro Histórica 2006 e resultantes da análise das - Chancelarias de D. João III, D. Manuel I, D. Sebastião, D. Filipe II, D. Filipe III, D. Maria I, D. João VI, D. Pedro IV - da ANTT.

Augusto Moura Brito

01/12/2019

publicado por sacavem-actual às 19:34

27
Ago 19

No ano de 1997, quando da comemoração dos 500 anos da reforma dos forais, o Arquivo Nacional da Torre do Tombo e a Fundação Casa de Bragança, levaram a efeito um conjunto de ações com o objetivo… de jamais se esquecer a ação do rei de D. Manuel I em relação aos forais.
A sua determinação em mandar recolhê-los - carta régia de 22 de novembro de 1497 - devido aos abusos neles introduzidos serem muitos e, mandá-los reformar - carta régia de 5 de fevereiro de 1506 - seriam fulcrais para acabar com as devassas consequentes, nomeando uma Comissão, composta pelo Doutor Rui Boto, do seu Conselho, Chanceler-mor do Reino; João Façanha, seu Desembargador e Fernão de Pina, Cavaleiro da sua Casa.

Afirmava D. Manuel I, “[…] Fazemos saber que vendo nós como o ofício do Rei não é outra coisa senão reger bem e governar seus súbditos em justiça e igualdade, a qual não é somente dar a cada um o que seu for mas, ainda, não deixar adquirir nem levar, nem tomar a ninguém senão o que a cada um direitamente pertence […].
E querendo tudo remediar como com toda clareza e verdade se faça, Mandámos trazer todos os forais das cidades vilas e lugares de nossos reinos e as outras escrituras e tombos per que nossas rendas se arrecadam […]”.
Segundo Francisco Nunes Franklin, na MEMÓRIA PARA SERVIR DE ÍNDICE DOS FORAIS DAS TERRAS DO REINO DE PORTUGAL E SEUS DOMINÍOS, foi o cronista Damião de Goes, considerando quanto para bem reger seus súbditos, e para melhor cumprimento da inteira e igual justiça, convinha regular os direitos de cada uma das cidades, vilas e lugares; deu-lhes leis particulares (além da reforma das ordenações antigas, que fez compilar para todo o Reino) acerca da polícia, juízo, impostos, privilégios e condição civil de cada uma delas.

É neste contexto que Fernão de Pina, recolhe a documentação e as justificações vindas dos concelhos, elabora os apontamentos para cada foral novo que são minutados despacha com o Chanceler-mor e com o Desembargador que dão pareceres jurídicos com vista à redação final do foral novo executada pelos calígrafos e iluminadores, seguindo um esquema próprio.
Os Forais: modos de fazer e estruturar:
• A tabuada.
• O preâmbulo.
• Os Capítulos.
• Elaboração de 3 exemplares.
• Fernão de Pina faz a revisão e envia a Rui Boto (Desembargador) rubrica com Rcos todos os forais na última folha e indica a vila a que se destina.
• Fernão de Pina faz o termo de registo no Tombo (Leitura Nova) e assina.
• Finalmente o foral é encadernado e levado por quem tem a incumbência dos forais sendo entregues às autoridades das vilas, fazendo-se termo de publicação num dos fólios deixados em branco.
• Após a entrega do foral, outros registos lhe foram acrescentados.
• No caso de uma câmara eram registadas as atas de vereação.
• No caso de um senhor laico, podiam ser registados termos de um almoxarife.
• No caso do foral novo de Semide, as freiras mandaram registar nos fólios seguintes, em branco, um translado autêntico de uma certidão pedida à Torre do Tombo, respeitante à doção do couto, muito mais antiga portanto, mas por ser igualmente importante foi apensa ao foral.

Ao invés de outrem que refere a existência de forais mais antigos dados a Loriga, no século XV, ninguém vislumbrou a existência de nenhum. Ora vejamos a lista - ordenação alfabética - concebida nesse século e que consta no Livro dos Forais Velhos na página da letra L.

Imagens do Livro dos Forais Velhos

PT-TT-LN-42_c0009.jpg

PT-TT-LN-42_c0014.jpgForais desde os primeiros anos da nacionalidade até à reforma manuelina.

Conclui-se que NENHUM Foral antigo foi dado a LORIGA!

 

O códice foi assinado por Damião de Góis (f. 1 a 110; 121 a 132) e pelo licenciado Gabriel Gil (f. 111 a 120).

No frontispício está inscrita a data de 1552, e no f. 158 surge a data de 1554 numa nota sobre o erro verificado na leitura das datas, por Damião de Góis.

 

Augusto Moura Brito

27 agosto 2019    

 

 

publicado por sacavem-actual às 11:27

04
Out 17

Com diálogo TUDO vai ser mais fácil...

...de hoje em diante o ditame é o trabalho e o diálogo permanente!
O futuro é agora o presente em construção continuada...
É necessário e urgente fazer um levantamento das opiniões/sugestões recebidas e, agilizá-las com o programa que foi sufragado pelos eleitores, chamando ao seio dos vitoriosos, todos os que desejam e pretendam trabalhar em prol de uma Loriga com futuro. ...
O apelo ao trabalho colaborativo é agora a ferramenta de um trabalho diário insistente... persistente e... percursor de um futuro que a agenda delimitará e constituirá, sempre compaginável com a humildade que decerto vai caraterizar a ação.
Os adversários serão a arrogância, o despotismo e a derrota fácil!
A decisão colaborativa, a leitura de consensos e o bem-estar social e económico dos loriguenses, serão a metodologia e a chave predominante da nossa luta sistemática!
Decidir bem e sempre em benefício de Loriga e dos loriguenses... será o lema e baluarte de trabalho...

Com Loriga... com FUTURO

Augusto Moura Brito

       out2017

 

publicado por sacavem-actual às 16:11

30
Set 17

É um movimento que aglutina e é impulsionador dos valores... das atitudes... das vontades dos loriguenses que desejam uma vila com FUTURO sustentável e uma referência no turismo da Serra da Estrela!

Loriga tem Futuro, é potenciadora da mudança e da erradicação do velho paradigma que tem caraterizado a gestão autárquica...
Queremos VIVER numa terra onde o diálogo com as pessoas estão primeiro, ajudando-as e apoiando-as na concretização das suas ideias e ...da sua criatividade.
Exigimos a modificação da comunicação, salvaguardando sempre Loriga e a sua envolvência natural e ambiental.
No dia 1 de outubro VOTA... VOTA!

Loriga tem FUTURO... sim!

Augusto Moura Britio

        set2017

 

 

 

 

publicado por sacavem-actual às 16:05

04
Set 17

Um conjunto de REFLEXÕES para quem triunfar nas AUTÁRQUICAS - 2017 na vila de LORIGA.

 

Sem embargo e pretensões de qualquer espécie, apenas concentrado no FUTURO de LORIGA, vou elencar um conjunto de INICIATIVAS - passíveis de implementação - que, doravante, o futuro executivo comece por pugnar e exigir ao poder municipal, ao governo central e aos privados, de modo a suscitar um clima de sustentabilidade local que, alicerçado em infraestruturas mobilizadoras, suscite e agilize bens duradouros de riqueza na comunidade. 

Assim começo por inventariar:

  • Instalação de bombas de combustí­veis (criando parecerias ou avançar sozinha);
  • Dotação na Praia Fluvial de aparcamento para mais utentes com carro;
  • Legalização de simbologia heráldica que obedeça às regras institucionalizadas;
  • Continuar a realização dos eventos: Loriga vila lusitana (anualmente) e comemoração do Foral e realização da Feira Medieval (de 5 em 5 anos);
  • Defender a criação de núcleos museolóicos temáticos: a pastorícia, do pã e do têxtil;
  • Criar um banco de dados promocionais do turismo local e regional nas vertentes da Natureza ambiental e defendendo com intransigência os valores do Fontão de Loriga do vale glaciar das Caminhadas e dos socalcos.

Mais coexistem, estamos recetivos à partilha e à participação!

Comunga connosco deste ideário realista...

Vamos AJUDAR no que for necessário...

JUNTOS serão a FORÇA indispensável para construir um FUTURO mais sustentável...

 Augusto Moura Brito

      4/9/2017

publicado por sacavem-actual às 11:52

20
Mai 17

Foi com estupefação que li na última edição (março/abril 2017, na página 7) do jornal Garganta de Loriga o artigo com o título - Bolo negro. A origem?

223157 (2).jpg

 Sempre refugiado na interrogação metódica, vai terminar com a sua convicção: O Charroset é o antepassado do Bolo Negro de Loriga?
A origem do Bolo Negro de Loriga, desconheço-a, talvez por isso nunca esteve nas minhas cogitações narrativas nem tão pouco tecer qualquer comentário nem abonatório, nem de refutação ou nem mesmo de orientação histórica da sua origem. Qualquer comentário alternativo ou mesmo ponto de vista sobre a sua origem que se alinhave - penso que não passou disso mesmo - o seu autor refere mesmo “… vamos tentar descobrir a sua origem…” ou elaborar qualquer tese, exige uma investigação cuidada, como por exemplo tomar contato com as fontes sejam orais ou escritas e, só muito depois deste trabalho demorado e racional, é que se avança.
O autor quando inicia a sua narrativa e pretende associar a presença do Bolo Negro a um ato singular como o de o encontrar e fazer a sua presença obrigatória nas bandejas no período pascal, é reduzir e minimizar o seu significado e importância. O Bolo Negro sempre foi o bolo que se apresentou às amigas e aos amigos em muitos momentos de festa, como sejam nesses em que descreve ou, em aniversários, batizados e em casamentos onde nunca faltou. Recordo-me muito bem quando criança a minha mãe e outras mães e, sempre em momentos festivos, levarem todos os preparativos para o forno, por sinal o único que ainda persiste em Loriga - próximo do largo do pelourinho - e aí, colocá-lo juntamente com a broa. Era com júbilo e muita satisfação que todos assistiam à sua saída da boca do forno.
Transferir e estabelecer uma ligação do Bolo Negro às comunidades Sefarditas, confesso que nunca tinha ouvido tal tese, nem lido e verificado em nenhum texto, duvido mesmo que essas comunidades ainda bem vincadas em Belmonte, tenham conhecimento do que é um Bolo Negro; vislumbrar no ritual da Páscoa judaica e na nova simbologia dos rituais marranos sem a apresentação de documentos, é conferir um atestado de nulidade à investigação científica que se vai realizando.
Loriga, salvo ainda poder surgir em qualquer documentação que me tenha escapado, nunca vi qualquer referência e ligação de Loriga às comunidades judaicas. Se houve, onde se encontram as fontes?
Para terminar pergunto! Onde está a documentação em que possamos analisar e convictamente afirmar que o Charroset é o antepassado do Bolo Negro de Loriga? É importante disponibilizar as fontes!…
Não alinhamos em suposições!
Confundir não será certamente o nosso lema!
A verdade histórica é a nossa metodologia!
Loriga… merece-nos MUITO!


Augusto Moura Brito
     14/05/2017

 

publicado por sacavem-actual às 09:27

09
Mai 17

 

Partilho agora convosco um saber que arrasará muitos:


“…O que hoje se tem escrito sobre os Lusitanos baseia-se exclusivamente num conjunto de referências episódicas disseminadas nos textos clássicos, com algumas descrições geográficas do seu território, naturalmente interessantes, mas infelizmente pouco úteis para ajuizar sobre o seu quotidiano, e um inúmero de inscrições epigráficas, todas do período romano, que nos fornecem algumas indicações toponímicas, diversas menções às divindades que veneravam, grande cópia de informações de caráter onomástico, mas não mais do que isso. Este desconhecimento levou à cristalização de certos lugares-comuns e ideias feitas, sem que a informação disponível se possa considerar suficiente para os documentar solidamente…”.


Importa por isso ter muito cuidado naquilo que se lê e vê …na bibliografia escolhida.

Muito provavelmente A RECRIAÇÃO HISTÓRICA que vai ocorrer nos dias 31 de julho e 1 e 2 de agosto vai estar mais próxima do substrato histórico deixado pelos clássicos do que da investigação arqueológica que é diminuta e rara.


Não obstante, deixo aqui algumas das fontes escritas:
     • Descrição geográfica efetuada por um navegador de Massália (atual Marselha) cerca de 520 a. C.
     • As referências episódicas de Heródoto de Halicarnasso na 2.ª metade do séc. V a. C.
     • A “Geografia Geral” da autoria de Artemidoro de Éfeso no século II/I a. C. 
     • A “Biblioteca Histórica” escrita durante o século I a. C. por Diodoro Sículo, historiador e autor. 
     • A “Geografia” de Estrabão do século I a. C. que considerou Viriato como líder dos celtiberos.
     • Inscrição constante no CIL II 760 onde se reafirma que foi com os impostos pagos por estes povos (populi) que se construiu a ponte romana (ano 106 a. C) de Alcântara que ligava Norba (Cáceres) a Conímbriga.
     • A “Orla Marítima” de Rúfio Festo Avieno século IV d. C baseada na descrição do navegador de Massália. Esta fonte escrita enferma de grandes omissões, sobretudo da presença dos Fenícios e Cartagineses nesta área da Península Ibérica.
Esta é a informação disponível que consideramos mais importante!…

 

Augusto Moura Brito

      08/05/2017

publicado por sacavem-actual às 09:53

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