Com a instalação das primeiras fábricas, opera-se a transformação da paisagem, criam-se os primeiros empregos fabris, tipificam-se novas técnicas de laboração e transformação… surgem novas formas de desenvolvimento económico.
Foi assim, nos meados do século XIX que Loriga adquiriu uma imagem adulta e, modelando gostos e interesses tirados ao campo e ao pastoreio, foi crescendo e desenvolvendo, alterando o seu ambiente das ribeiras e a vida quotidiana de muitos trabalhadores do campo.
A realidade transformadora continua hoje sem cessar, mas sem o pulsar e o mesmo número de outrora, os mesmos interesses promocionais de então, a mesma ingenuidade e integridade da época, o seu “modus” económico, mas com a qualidade da mesma água e das mesmas gentes, capazes de mover montanhas, ofuscar e esquecer velhos do Restelo.
Nas râmbolas… lugares de secagem dos panos das fábricas de lanifícios, ouviam-se por vezes as vozes trémulas, dos Zés, dos Antónios e dos Joaquins a dizer: …estica… estica… eu aqui, estou prestes, para cinco, seis horas depois, o trabalho rotineiro voltar. Era necessário voltar a transportar as “peças” para a ultimação…
Todos os dias, em especial durante a Primavera e o Verão, esta era a azáfama de muitos operários em Loriga.
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Os regos e as levadas que levam vida, força e prazer… estão a morrer!...
Vida, porque sob o olhar atento do girador possibilitavam ao agricultor regar os campos.
Força, porque faziam mover as grandes rodas, transformando a água em cavalos vapor.
Prazer, porque em criança tornavam possível a competição dos barcos feitos de carcódia, cortiça, casca de noz ou papel.
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Ribeira…
Lugar de encantos e desencantos
nas… tardes de verão!
Ribeira…
Rio pequeno onde corre,
sem parar,
a água que brota da serra e nos delicia nas cálidas tardes de Agosto!
Ribeira…
Poço, trutas…
Praia fluvial… lugar de alegrias e amores!
...Desejo de BOAS FÉRIAS PARA TODOS!
Até Setembro!...
Augusto Moura Brito
fjulho 2011