autoria, edição e produção de Augusto Moura Brito

29
Jul 11

Com a instalação das primeiras fábricas, opera-se a transformação da paisagem, criam-se os primeiros empregos fabris, tipificam-se novas técnicas de laboração e transformação… surgem novas formas de desenvolvimento económico.

Foi assim, nos meados do século XIX que Loriga adquiriu uma imagem adulta e, modelando gostos e interesses tirados ao campo e ao pastoreio, foi crescendo e desenvolvendo, alterando o seu ambiente das ribeiras e a vida quotidiana de muitos trabalhadores do campo.

A realidade transformadora continua hoje sem cessar, mas sem o pulsar e o mesmo número de outrora, os mesmos interesses promocionais de então, a mesma ingenuidade e integridade da época, o seu “modus” económico, mas com a qualidade da mesma água e das mesmas gentes, capazes de mover montanhas, ofuscar e esquecer velhos do Restelo.                                      

Nas râmbolas… lugares de secagem dos panos das fábricas de lanifícios, ouviam-se por vezes as vozes trémulas, dos Zés, dos Antónios e dos Joaquins a dizer: …estica… estica… eu aqui, estou prestes, para cinco, seis horas depois, o trabalho rotineiro voltar. Era necessário voltar a transportar as “peças” para a ultimação…

Todos os dias, em especial durante a Primavera e o Verão, esta era a azáfama de muitos operários em Loriga.

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Os regos e as levadas que levam vida, força e prazer… estão a morrer!...

Vida, porque sob o olhar atento do girador possibilitavam ao agricultor regar os campos.

Força, porque faziam mover as grandes rodas, transformando a água em cavalos vapor.

Prazer, porque em criança tornavam possível a competição dos barcos feitos de carcódia, cortiça, casca de noz ou papel.

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Ribeira

Lugar de encantos e desencantos

nas… tardes de verão!

 

Ribeira

Rio pequeno onde corre,

sem parar,

a água que brota da serra e nos delicia nas cálidas tardes de Agosto!

 

Ribeira

Poço, trutas…

Praia fluvial… lugar de alegrias e amores!

 

...Desejo de BOAS FÉRIAS PARA TODOS!

Até Setembro!...

 

Augusto Moura Brito

    fjulho 2011

                             


publicado por sacavem-actual às 10:33

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