Desde a baixa idade média que a economia de Loriga assentava numa agricultura rudimentar, na pastorícia e na cultura da castanha para, nos primeiros anos de 1500, passar a ser um importante centro de tratamento e comercialização de panos e lã.
A cultura do milho grosso em socalcos e a indústria têxtil chegam mais tarde, durante os séculos XVIII e meados do século XIX, respetivamente.
Sabemos que Sebastião de Figueiredo por carta de 19-06-1536 era escrivão das sisas dos panos de Loriga, Alvoco da Serra e Vila Cova e que em 27-5-1562, o seu filho Henrique de Figueiredo, veio a suceder-lhe no cargo.
António de Figueiredo, falecido em 26-9-1698 e casado com Maria da Fonseca, natural de Loriga, é referido que aí viveram da sua fazenda e trato de lã. O seu filho Miguel de Figueiredo da Fonseca, batizado em Loriga em 29-9-1657, também viveu de sua fazenda e trato de lãs. O seu filho Manuel Mendes de Figueiredo, batizado em 1721, foi tabelião em Loriga e familiar do Santo Ofício, viveu do contrato de lãs e panos.
Também João de Figueiredo casado em Loriga em 17-9-1697, viveu em Loriga onde era mercador de panos e, casado com Maria Mendes, batizada em Loriga em 13-4-1677, filha de Manuel João, batizado em Loriga em 25-3-1638, contratador de panos de lã.
Cerca do ano de 1600 Francisco Mendes nascido em Loriga em 14-1-1638 e casado em Valezim que viveu de sua fazenda e trato de lã.
Alexandre Mendes, batizado em Loriga em 21-9-1649 e casado em Loriga em 3-4-1673, vivia da sua fazenda e dinheiro à razão de juro, ainda que nos anos anteriores vivesse do seu trato de panos de lã, que era o negócio da terra.
A. Moura Brito
16nov2016