autoria, edição e produção de Augusto Moura Brito

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Dez 19

Desde a baixa idade média que a economia de Loriga assentava numa agricultura rudimentar, na pastorícia e na cultura da castanha para, nos primeiros anos de 1500, passar a ser um importante centro de tratamento e comercialização de panos e lã. A cultura do milho grosso em socalcos e a indústria têxtil chegam mais tarde, durante os séculos XVIII e meados do século XIX, respetivamente.
Sabemos que, entre os anos de 1516 e 1800, Loriga tinha um papel importante na economia e na política local… Os cargos de escrivão das sisas dos panos, de tabelião do público e judicial e de escrivão dos órfãos, em concomitância com o viverem da sua fazenda e trato de lã, conferiram aos que os exerceram,  um papel de serem os melhores e mais honrados da vila

Assim entre os anos de 1516 e 1800, os cargos de escrivão das sisas dos panos[1]  e de tabelião do público e judicial, em concomitância com o viverem da sua fazenda e trato de lã, conferiram aos que os exerceram um papel de serem os melhores e mais honrados da vila!

Temos deste modo alguns destes escrivães:

  • Pedro de Gouveia nomeado por carta de 25/11/1516 no cargo de escrivão das sisas dos panosde Loriga, Alvoco da Serra e Vila Cova;
  • Sebastião de Figueiredo nomeado por carta de 19/06/1536. Foi também proprietário dos ofícios de tabelião do público e judicial e de escrivão dos órfãosde Loriga e Alvoco da Serra e, por carta de 04/12/1538, foi nomeado escrivão da câmara e almotaçaria das mesmas vilas;
  • Henrique de Figueiredo nomeado por carta de 27/05/1562, mas renunciando no ano de 1577;
  • Pedro Mendes que renunciou em 22/06/1609. Morreu em Loriga em 20/11/1633 onde era dos melhores e mais honrados da dita vila; 
  • Gaspar Fernandes o Velho, que sucedeu a Pedro Mendes por renuncia;
  • Pedro de Figueiredo filho de Gaspar Fernandes o Velho, batizado em Loriga em 05/06/1624 e casado em Loriga em 05/10/1653 com Maria Mendes, batizada em Loriga em 28/12/1635, filha de Francisco Mendes e de sua mulher Domingas Francisca;
  • Domingos de Figueiredo batizado em 03/02/1658 e casado duas vezes: a 1.ª com Catarina Magro de Vila Cova à Coelheira e a 2.ª com Sebastiana Nunes;
  • João de Figueiredo filho de António de Figueiredo e sua mulher Maria da Fonseca. João de Figueiredo casou em Loriga a 17/09/1697 com Maria Mendes aí batizada a 13/04/1677, filha de Manuel João aí batizado a 25/03/1638, sendo contratador de panos de lã e de sua mulher Maria Mendes, viúva de Francisco Antunes, casados em Loriga a 06/08/1673 e neta materna de Gaspar Fernandes o Novo e de Maria Lopes;
  • Paula da Fonseca batizada a 08/07/1700, casada em Loriga a 26/04/1731 com João de Brito aí batizado a 11/09/1710 e filho de Manuel João batizado a 18/05/1681 e de sua mulher Catarina de Brito batizada a 20/01/1678;
  • João de Brito batizado a 30/05/1736 e casado com sua prima Águeda Mendes Francisca batizada a 28/05/1739 e filha de Manuel Francisco Bordalo e de sua mulher Maria Mendes de Figueiredo.

 

[1] GONÇALVES, Eduardo Osório. Raízes da Beira - Genealogia e Património: Da serra da estrela ao vale do Mondego. Dislivro Histórica 2006 e resultantes da análise das - Chancelarias de D. João III, D. Manuel I, D. Sebastião, D. Filipe II, D. Filipe III, D. Maria I, D. João VI, D. Pedro IV - da ANTT.

Augusto Moura Brito

01/12/2019

publicado por sacavem-actual às 19:34

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